Mato Grosso do Sul em alerta para arboviroses: chikungunya em destaque
O Ministério da Saúde divulgou, no início de fevereiro de 2025, o Informe Semanal sobre arboviroses, destacando a situação de dengue, chikungunya e zika no Brasil. Mato Grosso do Sul aparece entre os estados com maior incidência de chikungunya, o que demanda uma intensificação urgente nas medidas de controle do mosquito Aedes aegypti.
Crescimento de casos de Chikungunya: preocupação no estado
Mato Grosso do Sul e Mato Grosso lideram os registros de chikungunya no Brasil. Até agora, foram confirmados 8.498 casos prováveis no estado, com uma taxa de incidência de 4,2 por 100 mil habitantes. Embora tenha ocorrido uma redução de 71,9% nos registros em comparação com 2024, o número de óbitos já chega a três. Contudo, a doença pode causar complicações graves e sequelas, como dores articulares crônicas, o que aumenta a preocupação.
Casos de dengue caem, mas alerta permanece
Em relação à dengue, Mato Grosso do Sul não está entre os estados com os maiores índices. Contudo, o estado permanece em alerta devido à circulação de três sorotipos do vírus: DENV-1, DENV-2 e DENV-3. Este último é responsável por um aumento proporcional de casos desde o final de 2024. Dessa forma, todo o Brasil, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan On-line) registrou 139.241 casos de dengue nas primeiras semanas de 2025, uma queda de 57,9% em relação ao mesmo período de 2024. No entanto, 21 óbitos já foram confirmados e 160 estão sob investigação.
Queda nos casos de zika
Os casos de zika também apresentaram redução. O país registrou 168 casos prováveis, o que representa uma queda de 38,5% em comparação com 2024. Além disso, a maior concentração continua nas regiões Norte e Sudeste, com destaque para estados como Espírito Santo, Acre e Tocantins. Embora Mato Grosso do Sul não tenha sido fortemente impactado, a vigilância é essencial, especialmente para gestantes, grupo de maior risco para complicações graves.
Outras arboviroses: oropouche e febre amarela em monitoramento
Além das arboviroses mais conhecidas, o informe também aponta um crescimento nos casos de oropouche, com 2.791 notificações no Brasil. Os estados mais atingidos são Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A febre amarela, por sua vez, segue sendo monitorada, com casos confirmados em São Paulo e Minas Gerais, reforçando a importância da vacinação.
Ação conjunta é fundamental para combater as arboviroses
Dessa forma, a situação das arboviroses em Mato Grosso do Sul e em todo o Brasil exige ações urgentes e coordenadas. O combate ao Aedes aegypti, a conscientização da população e o reforço nas campanhas de prevenção são fundamentais para controlar o avanço dessas doenças.