Ataque de onça-pintada em Aquidauana reforça alerta sobre convivência com animais silvestres

Ataque de onça-pintada em Aquidauana reforça alerta sobre convivência com animais silvestres
Foto: Stockphotos

Após quase 24 horas de buscas, a Polícia Militar Ambiental encontrou ontem, na manhã de terça-feira, os restos mortais de Jorge Ávalos, caseiro de 60 anos, que foi vítima de um ataque de onça-pintada na região de Touro Morto, em Aquidauana. O local, de difícil acesso, exigiu a mobilização de equipes de Corumbá, Miranda e Aquidauana, que utilizaram embarcações e aeronaves para chegar até a área.

O corpo foi encontrado em um capão de mato, a cerca de 280 metros do rancho onde Jorge trabalhava. Durante a localização dos restos mortais, a equipe se deparou com a onça, que tentou arrastar o corpo para o interior da mata. O felino chegou a atacar um dos integrantes do grupo antes de ser afugentado com disparos de arma de fogo.

Entenda o caso

Jorge havia desaparecido na manhã de segunda-feira, por volta das 5h, quando saiu para buscar mel. A Polícia Militar Ambiental afirmou que as evidências indicam que o caseiro foi atacado pela onça nesse período.

Entre as hipóteses levantadas para o ataque estão a escassez de alimentos, comportamento defensivo do animal, período reprodutivo ou alguma atitude involuntária de Jorge que tenha provocado a reação do felino.

Alerta e preservação

Especialistas em fauna, como o biólogo Gustavo Figueroa, reforçam que a onça-pintada, símbolo do Pantanal, é uma espécie reservada e que ataques a humanos são raros. Ele pediu que a população não demonize os felinos e respeite seu habitat natural.

A Polícia Militar Ambiental também alertou sobre a prática proibida de alimentar animais silvestres, especialmente mamíferos de médio e grande porte, pois isso pode alterar o comportamento natural dos animais, aumentando os riscos de ataques.

Solidariedade

A família e os amigos de Jorge receberam homenagens, incluindo uma nota da Polícia Militar destacando sua colaboração e alegria. A tragédia reforça a necessidade de coexistência responsável com a fauna do Pantanal.

O caso acendeu o debate sobre a relação entre humanos e animais selvagens, destacando a importância da preservação e do manejo adequado para garantir a segurança e a biodiversidade da região.

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