CPI do Consórcio Guaicurus encerra fase de depoimentos e aponta falhas na fiscalização do transporte coletivo em Campo Grande
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Consórcio Guaicurus encerrou ontem a segunda fase das oitivas, que ouviu representantes das agências reguladoras Agereg e Agetran, responsáveis pela fiscalização do transporte coletivo em Campo Grande. Em mais de um mês e meio, a CPI recebeu 581 denúncias, principalmente via WhatsApp, com queixas sobre má conservação dos ônibus, falta de ar-condicionado, acessibilidade insuficiente para pessoas com deficiência, atrasos e ausência de veículos.
Um dos depoimentos mais marcantes foi o do ex-diretor de estudos econômicos da Agereg, Renato Assis Coutinho, que defendeu a atuação das agências, mas enfrentou questionamentos dos vereadores sobre a eficácia da fiscalização. Renato destacou que o contrato vigente, firmado em 2012 e com duração de 20 anos, não condiz com a realidade atual do serviço e que já foram propostas soluções ao Executivo ao longo dos anos.
Durante o depoimento, foi revelado que Renato deixou a agência em 2024 e atualmente presta consultoria para empresas reguladas pela Agereg, gerando controvérsia sobre possíveis conflitos de interesse. Embora legal, essa situação foi classificada por alguns como imoral, reforçando o debate sobre a necessidade de legislações específicas para evitar esse tipo de prática.
A CPI segue investigando e os vereadores prometem buscar soluções para a renovação do contrato e melhoria do serviço nos próximos anos.
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