CPI do transporte público expõe falhas do Consórcio Guaicurus em Campo Grande
A Comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Transporte Público, que investiga irregularidades no contrato do Consórcio Guaicurus em Campo Grande, revelou novos detalhes preocupantes durante depoimentos na Câmara de Vereadores. O fiscal aposentado Luiz Carlos Alencar Filho, que liderou equipes da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), destacou problemas no serviço, como a redução de usuários e falhas na higienização e conservação da frota.
De acordo com Luiz Carlos, o número de passageiros caiu pela metade desde o início do contrato, em 2012. Na época, cerca de 6,5 milhões de pessoas utilizavam o serviço mensalmente. Hoje, esse número é de 3,3 milhões, mesmo com uma frota reduzida de 460 ônibus, muitos deles com mais de 12 anos de uso, superando o prazo ideal de renovação.
A higienização dos veículos também foi criticada. O depoente afirmou que a última limpeza geral na garagem ocorreu em janeiro, há mais de três meses. “Você já imaginou ficar sem fazer uma faxina na sua casa por três ou quatro meses?”, questionou Luiz Carlos, reforçando o descaso com a qualidade do serviço.
A CPI já recebeu 485 denúncias de usuários, principalmente das regiões Sul, Sudoeste e Norte da cidade. Entre as linhas mais problemáticas estão as 070, 080, 102, 235, 302 e 517. O contrato, firmado em 2012, coloca a Prefeitura como responsável pela fiscalização, uma atribuição que tem gerado cobranças sobre a atuação do município.
Com previsão de seguir até julho, a CPI promete aprofundar a análise e buscar soluções para os problemas que afetam milhares de campo-grandenses diariamente.
Confira a notícia completa no Café com Blink: