Mudanças no ensino nédio de Mato Grosso do Sul: ampliação da carga horária em 2025
Em 2025, o ensino médio de Mato Grosso do Sul passará por mudanças importantes. A carga horária aumentará de 1.800 para 2.400 horas. Essa alteração faz parte de uma reforma nacional, com o objetivo de melhorar a qualidade da educação e atender às novas exigências do mercado de trabalho.
O que motiva a mudança?
A ampliação da carga horária no Ensino Médio integra um movimento nacional, que envolve 16 estados. O Brasil pretende corrigir lacunas criadas pela reforma de 2017, que entrou em vigor em 2021. Com as novas regras, o Ensino Médio terá um total de 3.000 horas ao longo de três anos. Além disso, cada ano letivo deverá ter 200 dias de aula, com 5 horas diárias. Assim, as escolas precisam garantir 2.400 horas para as disciplinas obrigatórias, conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Como o currículo será alterado?
A principal mudança será a ampliação das disciplinas obrigatórias. Até agora, os alunos cursavam apenas português e matemática. Em 2025, o currículo incluirá também inglês, artes, educação física, ciências da natureza (biologia, física, química) e ciências humanas (história, geografia, filosofia, sociologia). Contudo, essas mudanças visam fornecer uma formação mais completa e equilibrada.
No entanto, a carga horária dos itinerários formativos será reduzida. Em vez de 1.200 horas, os alunos terão 600 horas para escolher áreas de estudo como ciências humanas ou formação técnica e profissional. Embora esses itinerários ofereçam flexibilidade, a redução da carga horária pode limitar o aprofundamento dos estudantes nas áreas de sua escolha.
O que muda nas escolas de Mato Grosso do Sul?
Mato Grosso do Sul decidiu implementar a nova matriz curricular de forma contínua, sem transições temporárias. A partir deste ano, as escolas da Rede Estadual de Ensino (REE) adotarão um único modelo de Ensino Médio. Além disso, nas escolas de tempo integral, a carga horária será ampliada além do mínimo exigido, proporcionando uma formação mais completa para os alunos.
Além disso, o estado reforçará a integração entre o ensino regular e a formação técnica. Isso permitirá que os alunos se preparem melhor para o mercado de trabalho, adquirindo habilidades práticas enquanto estudam disciplinas acadêmicas.
Reações e desafios
A mudança no currículo gerou discussões em outros estados. Em Minas Gerais, por exemplo, a introdução de aulas de leitura e escrita foi vista com críticas. Já no Rio de Janeiro, alguns questionaram a substituição de aulas de reforço por ensino religioso. Mas em Mato Grosso do Sul, a Secretaria de Educação preparou um Plano de Ação, que será enviado ao Ministério da Educação para garantir que as mudanças ocorram de forma estruturada e sem prejudicar os estudantes.
O futuro dos itinerários formativos
A nova legislação regulamenta os itinerários formativos, com carga horária mínima de 600 horas, exceto para a formação técnica, que poderá ter até 1.200 horas. Os itinerários envolverão áreas como Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, e Formação Técnica e Profissional. Essa estrutura permite que os alunos se aprofundem em áreas específicas de seu interesse.
A ampliação da carga horária do Ensino Médio em Mato Grosso do Sul representa um avanço significativo para o sistema educacional do estado. As mudanças fortalecem a formação acadêmica e integram a educação técnica ao currículo regular. Embora a adaptação traga desafios, o estado está implementando a nova estrutura de forma planejada, buscando garantir uma educação de qualidade e mais alinhada às necessidades do século XXI.