Aumento nas expectativas de inflação
O Banco Central (BC) observou um aumento significativo nas expectativas de inflação, tanto no curto quanto no médio e longo prazos. Isso reflete uma pressão crescente sobre a economia brasileira, medida por diferentes instrumentos e grupos financeiros.
Pressão nos preços dos alimentos
O BC destacou que os preços dos alimentos subiram consideravelmente devido a fatores como a estiagem e o aumento nos preços das carnes, impactados pelo ciclo do boi. Esse aumento nos preços tende a se estender para o médio prazo, uma vez que a economia brasileira possui mecanismos inerciais que tornam esses aumentos mais persistentes.
Aumento da taxa Selic e impactos econômicos
Em sua última reunião, o Copom elevou a taxa Selic de 12,25% para 13,25% ao ano. Além disso, o BC observou que a valorização do dólar tem pressionado os preços e margens, sugerindo que os preços dos produtos industrializados podem continuar a subir nos próximos meses.
Possível descumprimento da meta de inflação
O Banco Central apontou que a inflação acumulada nos próximos 12 meses provavelmente ficará acima do limite superior da meta de 3%. Se as projeções se confirmarem, o descumprimento da meta ocorrerá já em junho de 2025. A partir deste ano, o regime de metas passará a ser contínuo, com um intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%.
Críticas à política fiscal e seus impactos
O Copom manteve críticas à política fiscal atual, destacando que as incertezas sobre a sustentabilidade da dívida pública afetam os preços dos ativos e as expectativas econômicas. O BC alertou que esses fatores podem elevar a taxa de juros neutra da economia, prejudicando o controle da inflação.
Projeções de alta na Selic e desaceleração econômica
De acordo com o Copom, a taxa Selic pode ser elevada para 14,25% ao ano caso as expectativas de inflação permaneçam altas. Além disso, a desaceleração econômica será essencial para alcançar a meta de inflação de 3%.
Desafios externos para a economia brasileira
O cenário global continua desafiador. As incertezas econômicas e geopolíticas podem afetar as políticas monetárias dos EUA e os preços de ativos no Brasil. O BC observou que a taxa de câmbio está reagindo a essas condições internas e externas, o que pode gerar pressão sobre a inflação.