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O bioma mais desmatado do Brasil

By Marcio Francisco Martins - Own work, CC BY-SA 3.0, Link
Imagem: Creative Commons

O Cerrado ultrapassou a Amazônia e se tornou o bioma mais desmatado do Brasil em 2023.

Foram destruídos 1.110.326 hectares nesse ecossistema, representando um aumento de 68% em relação a 2022. Este dado alarmante coloca o Cerrado como responsável por 61% do total de áreas desmatadas no país.

Os biomas do Cerrado e da Amazônia juntos somam mais de 85% da área desmatada no Brasil. A região conhecida como Matopiba, que abrange os estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, é particularmente afetada, respondendo por quase metade (47%) de toda a perda de vegetação nativa no país em 2023. No Cerrado, três em cada quatro hectares desmatados estavam nesta região. Além disso, dois terços dos cinquenta municípios que mais desmataram no Brasil em 2023 situam-se no Cerrado.

Dentro do Matopiba, o estado do Piauí foi o único a registrar uma redução na área desmatada. O Maranhão, por outro lado, subiu da quinta para a primeira posição no ranking de desmatamento, com um aumento impressionante de 95,1% em relação a 2022. A Bahia ficou em segundo lugar, seguida pelo Tocantins, que teve o maior crescimento proporcional de desmatamento. Veja abaixo os cinco estados brasileiros que mais desmatam:

  • Maranhão: 331.225 hectares (aumento de 95,1%)
  • Bahia: 290.606 hectares (aumento de 27,5%)
  • Tocantins: 230.253 hectares (aumento de 177,9%)
  • Pará: 184.763 hectares (queda de 60,3%)
  • Mato Grosso: 161.381 hectares (queda de 32,1%)

Apesar da situação crítica do Cerrado, o Brasil registrou uma redução de 11,6% na área desmatada em 2023. Segundo o MapBiomas, 97% do desmatamento no país está associado à expansão agropecuária, totalizando 1.829.597 hectares.

Na Amazônia, a perda de vegetação foi igualmente alarmante, com uma média de 1.245 hectares desmatados por dia, o que equivale a cerca de oito árvores por segundo. O dia mais devastador foi 15 de fevereiro, quando uma área equivalente a quase 6 mil campos de futebol foi desmatada em apenas 24 horas, conforme estimativas do MapBiomas.

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