Estudo da Nature diz que a floresta pode atingir até 2050 um limite capaz de desencadear transformações irreversíveis. Cientistas listam medidas para evitar cenário.
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Estudo publicado nesta quarta-feira (14) na revista científica Nature afirma que a Amazônia pode atingir até 2050 o chamado ponto de não retorno. O quadro indicaria o início do colapso do bioma, com a perda da paisagem de floresta tropical úmida. A pesquisa é liderada por pesquisadores brasileiros, com colaboradores da Europa e dos Estados Unidos.
Debatido ao menos desde os anos 1990, o ponto de não retorno é um conceito amplamente avaliado em estudos sobre a Amazônia. A pesquisa na Nature apresenta uma nova análise do tema a partir da revisão de diferentes artigos. Os autores detalham os principais fatores de estresse do bioma e sugerem medidas para reduzir os riscos.
O que é o ponto de não retorno:
O ponto de não retorno é um limiar que, se ultrapassado, desencadeia a transformação de um ecossistema. É o limite crítico no qual uma pequena perturbação pode causar uma mudança abrupta na paisagem. O conceito vale para a Amazônia e para qualquer outro bioma (como o Cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga e até os biomas marinhos).
Os ecossistemas atingem esse limite devido a mudanças ambientais. Na Amazônia, sendo uma floresta tropical úmida, a falta de água pode gerar esse tipo de estresse na vegetação. Quanto menos chuvas, menos capacidade o bioma tem de se sustentar, e em certo ponto ele pode assumir outra forma.
Para mais informações: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2024/02/14/meio-ambiente-como-evitar-ponto-de-nao-retorno-amazonia-estudo-nature