Reajuste salarial da prefeita gera controvérsias e divide opiniões em campo grande

Reajuste salarial da prefeita gera controvérsias e divide opiniões em campo grande
Foto: Stockphotos

Câmara de Campo Grande discute reajuste salarial da prefeita e vereadores em meio a polêmica

Nesta semana, a Câmara Municipal de Campo Grande voltou a debater o polêmico reajuste salarial da prefeita Adriane Lopes e de outros cargos públicos. A proposta, que originalmente dobraria o salário da prefeita de R$ 21 mil para cerca de R$ 43 mil, gerou forte repercussão entre eleitores e servidores públicos.

A história começou em 2023, quando um projeto de lei aprovado pela Câmara previa o aumento para a próxima legislatura, ou seja, a partir de 2025. No entanto, a reeleição da prefeita trouxe novos questionamentos. Pressionada por adversários políticos e pelo impacto no orçamento público, Adriane Lopes recorreu ao Tribunal de Justiça para barrar o reajuste.

A polêmica não para por aí: o salário da prefeita é a base para reajustes automáticos de cerca de 400 servidores e dos vereadores, gerando pressões por parte desses grupos. Para minimizar os impactos e evitar desgaste político, uma nova proposta foi apresentada: reajustar o salário da prefeita de forma escalonada, alcançando inicialmente R$ 27 mil e não os R$ 43 mil previstos. Já os vereadores teriam um aumento imediato de R$ 18,9 mil para R$ 26 mil.

O advogado Douglas Barcelo do Prado, especialista em direito administrativo, alertou sobre a possível inconstitucionalidade da medida, ressaltando que a Constituição exige que reajustes sejam fixados até 180 dias antes do término do mandato. “A melhor solução seria postergar para a próxima legislatura e aprovar com base na responsabilidade fiscal”, afirmou.

A discussão segue em pauta, enquanto a opinião pública se divide entre a legitimidade dos reajustes e o impacto nos cofres municipais, em um momento de forte pressão contra a administração da prefeita.

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