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Por que os acidentes aéreos aumentaram no Brasil

Foto: Stockphotos

Por que os acidentes aéreos aumentaram no Brasil? Entenda as principais causas

O Brasil tem registrado um número alarmante de acidentes aéreos, especialmente envolvendo aviões de pequeno porte. Especialistas atribuem esse aumento a diversos fatores, sendo o principal deles o fator humano. Embora a aviação continue sendo considerada um meio de transporte seguro, o crescente número de incidentes exige uma análise mais profunda das causas.

Causas humanas são as principais responsáveis

De acordo com dados recentes, mais da metade dos acidentes aéreos não são causados por falhas nas aeronaves ou problemas nos aeroportos. Em vez disso, fatores humanos como fadiga, estresse e falta de atenção têm se mostrado determinantes. Esses fatores podem afetar a percepção de risco dos pilotos e influenciar suas decisões durante o voo.

Por exemplo, uma pesquisa revelou que aproximadamente 33% dos acidentes ocorreram devido ao fator psicológico dos pilotos. Isso inclui questões como estresse excessivo e fadiga, que comprometem a capacidade de reação em situações críticas. Além disso, outros 33% dos acidentes têm como causa o desempenho técnico inadequado, como falhas de julgamento na pilotagem e manutenção incorreta das aeronaves.

O crescimento da frota de aeronaves privadas e seus riscos

Além dos fatores humanos, o aumento da frota de aeronaves privadas é outro aspecto importante. Desde o início da pandemia de COVID-19, o número de aeronaves aumentou significativamente. Isso inclui jatos executivos e turboélices, que, por sua vez, resultaram em mais horas de voo e maior risco de acidentes. Aviões de pequeno porte, como os utilizados na aviação privada e agrícola, estão mais envolvidos em acidentes fatais devido às características de operação, como voo em baixa altitude e baixa velocidade.

A regulação e fiscalização não acompanham o crescimento da frota

Embora o Brasil tenha uma regulação e fiscalização rigorosa para a aviação comercial, as normas para aeronaves privadas e de pequeno porte são menos rígidas. Em operações privadas, por exemplo, a quantidade mínima de horas de voo exigida para os pilotos é muito menor do que em outras modalidades, o que pode comprometer a segurança. Para os “pilotos-proprietários”, a exigência é de apenas 40 horas de voo, comparado com 150 horas exigidas para pilotos comerciais.

A necessidade de mudanças na cultura de segurança

O aumento de acidentes aéreos no Brasil evidencia a necessidade urgente de melhorar a cultura de segurança na aviação. Especialistas sugerem que a solução passa por um maior investimento em treinamento formal e aumento da fiscalização. As escolas de aviação e as operações de manutenção devem ser mais rigorosas, garantindo que todos os envolvidos no processo de voo, desde pilotos até mecânicos, estejam sempre atualizados com as melhores práticas de segurança.

Além disso, é fundamental revisar os protocolos de segurança para aeronaves privadas, especialmente no que diz respeito ao número de profissionais necessários para supervisionar as operações. Isso incluiria a exigência de mais técnicos de segurança, engenheiros aeronáuticos e gestores operacionais, de modo a garantir que todas as aeronaves sejam operadas com o máximo de segurança.

Em resumo, os acidentes aéreos no Brasil estão aumentando principalmente devido a falhas humanas e ao crescimento descontrolado da frota de aeronaves privadas. Para enfrentar essa escalada, é fundamental melhorar a segurança operacional e a fiscalização, além de investir em mais treinamento para pilotos e profissionais da aviação. Ao mesmo tempo, a regulação deve ser reforçada, especialmente no que se refere à aviação de pequeno porte. Embora a aviação continue sendo um dos meios de transporte mais seguros, esses ajustes podem ajudar a prevenir futuros acidentes.

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